Mobilização pela Redução da Jornada tem que ser constante até Congresso aprová-la
Momento agora é de pressionar deputados e senadores assinando o abaixo-assinado da campanha, participando dos atos nas ruas, debatendo nas assembleias nas fábricas e vestindo a camisa da campanha
Publicado: 19 Março, 2025 - 11h26 | Última modificação: 19 Março, 2025 - 12h18
Escrito por: Redação CNM/CUT

Todo o metalúrgico e metalúrgica, assim como todo trabalhador brasileiro, tem o dever de pressionar o Congresso Nacional para que deputados e senadores aprovem a Redução da Jornada de Trabalho sem Redução de Salários e o Fim da Escala 6x1.
Para reforçar essa pressão, a CNM/CUT iniciou a distribuição no dia 14 de março de um abaixo-assinado nas fábricas da categoria em todo o país, visando coletar milhares de assinaturas para fazer com que o Congresso Nacional dê celeridade às discussões e votações sobre a pauta da Redução da Jornada. As entidades filiadas à CNM/CUT podem acessar o documento PDF do abaixo-assinado clicando aqui.
“Mais uma vez o mundo do trabalho está em transformação. A alta tecnologia está mudando a forma de organizar a produção e, obviamente, ampliando os ganhos do capital. Nossa tarefa é incluir a classe trabalhadora neste processo. Reduzir a jornada, sem reduzir salários, é a forma mais justa de colocar quem produz a riqueza nesse processo de transformação. Mas não há vitória sem lutas. Todos os trabalhadoras e trabalhadores deverão se envolver nesta campanha. Não podemos perder a oportunidade de dialogar e conquistar toda a classe trabalhadora nessa pauta que é urgente no mundo do trabalho”, afirmou o secretário de Administração e Finanças da CNM/CUT, Tiago Almeida do Nascimento.
Saiba Mais
Atos lançaram abaixo-assinado
O lançamento do abaixo-assinado ocorreu durante vários atos de metalúrgicos pelo país que cobraram, além da redução da jornada de trabalho, isenção do imposto de renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil por mês, queda na taxa básica de juros cobrada pelo Banco Central (Taxa Selic) e isenção do IR sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
“Os atos do dia 14 de março foram um momento importante e com o início do abaixo assinado nós queremos reunir um número significativo de assinaturas para dizer ao Congresso Nacional que os trabalhadores apoiam as propostas de lei que pedem a Redução da Jornada de Trabalho, Sem Redução de Salário”, disse o presidente da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira.

Erika Hilton parabeniza categoria pelo empenho na Redução da Jornada
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) parabenizou os dirigentes da CNM/CUT pela campanha da Redução da Jornada de Trabalho sem Redução de Salários e Fim da Escala 6x1. Erika protocolou na Câmara dos Deputados a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pede o fim da Escala 6x1, pauta que se junta à Redução da Jornada proposta pelos metalúrgicos.
O fim da Escala 6x1 teve uma intensa repercussão na sociedade a partir de movimentos organizados na internet e impulsionou a pauta da Redução da Jornada.
Além da proposta de Erika, existe em Brasília uma PEC de autoria do deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) prevendo a redução da jornada, sem redução de salários, de 44 horas para 36 horas semanais, de forma gradual em um período de dez anos. Anteriormente, o deputado federal Vicentinho (PT-SP) e o senador Paulo Paim (PT-RS) já haviam tratado do assunto em outras oportunidades.
Lula pauta Isenção de Imposto de Renda
Cumprindo promessa de campanha e atendendo ao clamor dos trabalhadores, o presidente Lula entregou nesta terça-feira (18) ao Congresso Nacional o projeto de lei da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. O texto que será analisado pelo Congresso também cria desconto parcial para aqueles que recebem entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, reduzindo o valor pago atualmente.
“A luta pela isenção do imposto de renda é fundamental porque já falamos várias vezes, é um aumento real no bolso do trabalhador. A luta pelo valor de até R$ 5 mil é uma tarefa que a gente vai ter até o final do mandato do presidente Lula, fazer a cobrança agora ao Congresso Nacional, pois o governo está comprometido conosco, é importante ter um governo como o nosso, o governo Lula, que tem essa responsabilidade conosco”, avaliou o presidente da CNM/CUT.
Centrais vão às ruas exigindo a queda na Taxa Selic
Também nesta terça-feira (18) as centrais sindicais foram às ruas em vários cantos do país no "Dia Nacional de Mobilização - Menos Juros, Mais Empregos", pedindo a redução imediata da taxa Selic, os juros oficiais do país definidos pelo Banco Central.
Há pelo menos dois anos o Banco Central mantém a Selic com mais de dois dígitos, o que coloca o Brasil em segundo lugar no ranking mundial de juros reais (a diferença entre a taxa Selic e a inflação projetada). Nesta quarta-feira (19) está agendada mais uma reunião do Comitê de Política Monetária do BC (COPOM) e a previsão do mercado financeiro é de que os juros continuarão a subir, chegando ao maior valor desde 2016.
“Nós precisamos garantir que haja desenvolvimento do país, que se gere emprego, gere renda, que se tenha uma indústria forte e com trabalho decente, e os juros do jeito que estão impedem o país de se desenvolver”, denunciou Loricardo.