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Naval: Mac Laren investirá US$ 70 milhões em dique seco

Publicado: 01 Fevereiro, 2008 - 08h00

Escrito por: CNM CUT

O estaleiro Mac Laren Oil, situado na Ponta D'Areia, em Nitéroi (RJ), passará a disputar a construção e reparo de plataformas de petróleo e gás natural e também projetos de navios de apoio à indústria offshore. A empresa, fundada em 1938 por Arthur Mac Laren e presidida hoje por sua neta, Gisela, tem plano de investir US$ 70 milhões para construir um dique seco de grandes dimensões capaz de construir e reformar plataformas semi-submersíveis e embarcações offshore, como os PSVs.

Com o novo empreendimento, o Mac Laren entra no seleto grupo de empresas que estão investindo em diques secos para atender grandes projetos da Petrobras e outros clientes. É o caso da construtora WTorre, que ganhou licitação da Petrobras para construir um dique seco em Rio Grande (RS), e também do Estaleiro Atlântico Sul, que investe em dique seco no Complexo Industrial de Suape (PE) para atender tanto encomendas de navios quanto de plataformas.

'Acreditamos que o mercado é demandante e que haverá espaço de sobra para todo mundo', diz Mauro Campos, vice-presidente do estaleiro Mac Laren Oil. Ontem ele participou em companhia da presidente da empresa e de autoridades do Rio de uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem apresentaram o projeto do dique seco. Segundo Campos, Lula achou o projeto interessante para o Estado. Será o primeiro dique seco do Rio de Janeiro com dimensões suficientes para construir e reparar plataformas do tipo semi-submersível, disse em nota a empresa.

O dique terá 130 metros de largura por 150 metros de comprimento e 13 de profundidade. Com isso, poderá abrigar a construção de uma plataforma semi-submersível completa ou três navios de apoio offshore a serem montados de forma simultânea.

Campos disse que o projeto do dique será financiado em 90% com recursos do Fundo de Marinha Mercante (FMM), do qual já recebeu a prioridade. O agente financeiro na operação será o Banco do Brasil. O plano é colocar o dique em operação em 15 meses. Neste meio tempo, com as obras em andamento, o estaleiro não deverá trabalhar com grandes projetos, mas continuará a operar.

'Participamos de concorrência para reparo da plataforma P-17 e, no momento, aguardamos a assinatura do contrato', disse Campos. O estaleiro já investiu mais de R$ 5 milhões para construir um cais com cerca de 200 metros que será utilizado como parte da estrutura do dique. Recentemente o estaleiro trabalhou em parceria com outras empresas em módulos de geração e compressão da plataforma P-53.

Fonte: Valor