ORIT repudiou atitude mexicana

A ORIT, a Organização Regional Interamericana de Trabalhadores, que representa mais de 45 milhões de trabalhadores no Hemisfério, somou-se à FITIM e a outras organizações internacionais no repudio á intervenção estatal no Sindicato Nacional de Trabajadores Mineros, Metalúrgicos y Similares de la República Mexicana (SNTMMSRM) que acarretou a deposição de seu secretário geral Napoleón Gómez Urrutia. O sindicalista foi destituído de seu cargo em 17 de fevereiro pela Secretaria do Trabalho, um organismo federal.

Desde sua nova sede em São Paulo, onde a entidade acabou de se instalar, Victor Baez Mosqueira, secretário geral da ORIT enviou uma carta ao presidente do México Vicente Fox Quesada, onde afirma que 'considera inaceitável que o senhor Francisco Javier Salazar, secretario do Trabalho, tenha intervindo diretamente para remover ao companheiro Gómez, que foi substituído por outro dirigente' e que 'também tenha-se congelado as contas bancárias do sindicato' utilizando-se 'do pretexto de acusações feitas a Urrutia e ignorando que este tipo de casos devem ser dilucidados através dos organismos legais competentes'.

Em resposta à atitude despropositada do governo mexicano os trabalhadores metalúrgicos estão em greve. Desde o dia 1º de março estão parados mais de 270 mil trabalhadores de 130 seções sindicais diferentes demonstrando o seu repudio a Elías Morales Hernández, o interventor colocado no sindicato.

Desde que denunciou a responsabilidade da empresa no acidente ocorrido na mina Pasta de Conchos, em San Juan de Sabinas - acidente no qual 65 mineiros perderam sua vida, o companheiro Urrutia tem sido alvo de uma campanha de calunias.