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Pindamonhangaba (SP): após protestos, Tenaris Confab aceita PPE para evitar demissões

Publicado: 15 Junho, 2016 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Guilherme Moura
Assembleia aprova adesão ao PPEAssembleia aprova adesão ao PPE
Assembleia aprova adesão ao PPE

Após meses de protestos contra demissões, foi aprovada em assembleia na tarde de segunda-feira (13), a adesão da Tenaris Confab ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE). A medida é a primeira entre os metalúrgicos de Pindamonhangaba (SP) e vai evitar mais de 200 demissões.

O PPE foi implantado pela presidenta Dilma Rousseff, a partir de reivindicações do movimento sindical. Criado há quase um ano, já preservou 40 mil empregos. A empresa aplica redução de jornada e a metade do que essa redução iria refletir no salário é paga pelo governo. No caso da Confab, a jornada de trabalho dentro de um mês, com folgas às sextas e sábados, terá uma redução de 27% e a redução nos salários será em média de 12,5%.

Em fevereiro, houve paralisações da categoria contra demissões. Apenas após os protestos, a direção da empresa aceitou abrir negociação sobre o PPE.

Na avaliação do Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba, a medida é necessária, pois de imediato vai evitar mais de 200 demissões, que são o excedente que a empresa afirma ter hoje, e dará garantia de emprego aos que estiverem no programa.

O PPE tem prazo inicial de seis meses, podendo ser interrompido caso a produção retome e também prorrogado, se necessário. Cerca de 700 trabalhadores estarão dentro do programa, que são trabalhadores horistas, do setor produtivo, na Confab Tubos, Tenaris Coating e Hastes de Bombeio.

Os funcionários mensalistas, que são do setor administrativo, estão desde abril no work-sharing, outro modelo de redução de jornada.

Para entrar em vigor na Confab, o PPE ainda precisa ser aprovado pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O prazo previsto é dia 1º de julho.

Os funcionários que estiverem afastados por motivo de saúde ou de férias não terão redução de salário enquanto estiverem afastados.

(Fonte: Guilherme Moura - Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba)