MENU

Reunião da FEM-CUT/SP debate próximos passos da campanha salarial

Federação de SP já realizou cerca de 20 reuniões com grupos patronais e reivindica assinar as Convenções Coletivas ainda em agosto. Encontro em Sorocaba contou com participação do presidente da CNM/CUT

Publicado: 02 Agosto, 2024 - 14h01 | Última modificação: 02 Agosto, 2024 - 15h30

Escrito por: Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba (SMetal) | Editado por: Redação CNM/CUT

Foguinho/Imprensa SMetal
notice

Dirigentes da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT-SP (FEM-CUT/SP) realizaram reunião em Sorocaba, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba (SMetal), nesta quinta-feira, 1º, para debater os próximos passos da Campanha Salarial 2024.

Até o momento já foram realizadas cerca de 20 reuniões com grupos patronais para negociar a reivindicação da categoria, que envolvem principalmente a reposição da inflação, aumento real nos salários e a valorização das Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs).

O presidente da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira, esteve presente no encontro e falou das agendas que a entidade vem desenvolvendo para conversar com o governo federal, parlamentares e empresários para o desenvolvimento dos diversos segmentos da indústria ligados aos metalúrgicos.

“São pautas importantes e discussões de estratégia da indústria brasileira. Debatemos eletroeletrônico, siderurgia, indústria da defesa, entre outros segmentos”, disse o sindicalista.

Foguinho/Imprensa SMetalFoguinho/Imprensa SMetal
Loricardo fala durante o encontro

Data-base próxima

Faltando um mês para a data-base da categoria, no dia 1º de setembro, os dirigentes realizaram um balanço das negociações até julho e avaliaram o cenário econômico em que as negociações acontecem, os quais sinalizam a possibilidade do aumento real nos salários.

Na visão do presidente do SMetal, Leandro Soares, os investimentos na indústria promovidos pelo Governo Federal são alguns dos motivos que indicam um cenário positivo.

“Vamos cumprir nosso papel de sair desta Campanha Salarial vitoriosos. Temos que aproveitar essa onda positiva de crescimento da indústria para reafirmar nosso compromisso com a categoria”, afirma o dirigente.

O presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, explica que as negociações chegaram em fase de afunilamento.

“É hora, mais do que nunca, da companheirada estar nas portas das fábricas, estar nos sindicatos organizando a categoria, para construir na base a Convenção Coletiva que o trabalhador merece”, diz o dirigente.

O secretário-geral do SMetal, Silvio Ferreira, ressalta que a disposição de diálogo para as negociações coletivas é uma prerrogativa da FEM-CUT/SP e do SMetal, mas que é necessário que os patrões também tenham essa disposição.

“Queremos assinar as CCTs ainda em agosto, com aumento real nos salários. Na última semana, realizamos uma reunião com as empresas da base do SMetal e houve sinalização positiva nesse sentido, agora é necessário que os grupos patronais respeitem esse diálogo e valorizem a categoria”, conta o dirigente.

Confira abaixo a linha do tempo das negociações entre a FEM-CUT/SP e os sindicatos patronais.

Cenário econômico

Em que pese que a taxa Selic se manteve em 10,5%, travando possibilidades de investimentos, outros indicadores, como de desemprego e de produção, dão conta que o contexto da economia brasileira favorece as negociações. Confira alguns dados abaixo.

A economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Caroline Gonçalves, destaca que, apesar de um cenário favorável, a mobilização dos trabalhadores e a organização sindical é fundamental para a conquista do aumento real nos salários.

“A gente tem um cenário econômico positivo, um pouco melhor do que estava no mesmo período do ano passado”.

Entre agosto de 2023 e junho deste ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulou em 3,58%. Agora, faltam os índices de julho e agosto para fechar a inflação acumulada neste último ano. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa é que o preço dos combustíveis e de passagens aéreas, que tiveram alta, impactem na inflação de julho.

“Esses elementos já nos sinalizam que em julho e agosto não teremos deflação, e teremos uma taxa de inflação que vai se aproximar das expectativas do Banco Central de 4%”, afirma a economista.

Negociações

No total, são 11 grupos patronais que representam as empresas da base da FEM-CUT/SP e empregam mais de 214 mil metalúrgicos. Os Grupos 2 e 3 representam empresas que mais empregam trabalhadores: cerca de 65 mil e 38 mil, respectivamente.

Entre janeiro e maio deste ano, foram cerca de quatro mil novas vagas de trabalho na base da FEM-CUT/SP.

Linha do tempo

08/02 – 1ª reunião ordinária da diretoria da FEM-CUT/SP

05 e 06/03 – Seminário da Campanha Salarial 2024

18 de março a 30 de abril – Período destinado a aprovação da pauta de reivindicações

24/05 – Entrega de pauta G3

28/05 – Entrega de pauta Sindicel, Sindratar e Siniem

04/06 – Entrega de pauta no Sifesp e G10

05/06 – Entrega de pauta G8.3, Siescomet e Sicetel

06/06 – Ato de lançamento da Campanha Salarial em Pindamonhangaba

11/06 – Entrega da pauta para G2

20/06 – Conversa com o G2

25/06 – Reunião com G3 e com Sindicel

27/06 – Reunião conselho da FEM-CUT/SP

03/07 – Mobilização unificada nas bases do G2; 2ª reunião com G2; também reunião com G8.3; Sindratar, Sicetel e Sifesp

04/07 – Reunião com Sifesp e Siniem

08/07 – 2ª reunião com Sindicel

11/07 – Reunião com G3 e G2

17/07 – 3ª reunião com sindicel

23/07 – Reunião com G3

24/07 – Reunião com executiva e assessoria

25/07 – 4ª reunião com o G2

29/07 – 4ª reunião com Sindicel

30/07 – Ato pela redução dos juros

01/08 – Reunião do conselho da FEM-CUT/SP em sorocaba

1/09 – Data-base da categoria metalúrgica do estado de São Paulo