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Scania conclui entrega de superpesados para Odebrecht em dezembro

Publicado: 11 Setembro, 2008 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

A Scania conclui em dezembro a entrega dos 260 caminhões pesados encomendados pela Odebrecht, uma das maiores empresas brasileiras de engenharia e construção. O contrato, avaliado em R$ 125 milhões, é o maior já realizado pela montadora no Brasil. "Os caminhões, modelo P420 na configuração 8x4, serão utilizados nas obras do Rodoanel, em São Paulo, e na construção civil de outras regiões do País como na hidrelétrica do Rio Madeira, em Rondônia, e na transposição do Rio São Francisco", disse Roberto Leoncini, diretor de vendas de veículos da Scania no Brasil.

Dos 260 caminhões adquiridos pela Odebrecht, metade será entregue com caixa semi-automática e a outra metade com câmbio mecânico. "Isso vai facilitar nas operações da Odebrecht, pois não precisará treinar toda a equipe de profissionais para operar o caminhão", disse Leoncini.

"Para a Scania, essa venda é extremamente expressiva não só pelo número de caminhões negociados, mas por confirmar o fortalecimento e a importância do segmento fora-de- estrada para a marca", destaca o diretor de vendas de veículos da Scania.

Leoncini disse ainda que a Odebrecht inovou ao adquirir o caminhão 8x4 muito utilizado atualmente na Europa. No Brasil o veículo mais utilizado é na configuração 6x4, segundo Leoncini. "Isso mostra que o caminhão 8x4, que já utilizado pela Vale do Rio Doce, está saindo das mineradoras e entrando nas operações de construção civil", comentou Leoncini.

Reduzir prazo de entrega

Com fila de espera que varia de 90 a 120 dias, a Scania busca se organizar junto aos seus clientes para tentar diminuir o prazo de entrega dos seus caminhões. "Estamos contatando nossos clientes para estabelecer novo prazo, porque o mercado brasileiro de caminhões cresceu 40%, mas as entregas da Scania evoluíram somente 19%", disse Leoncini.

Além de atender a alta demanda do mercado brasileiro - de janeiro a agosto as vendas cresceram 16,71%, para 4.783 unidades -, a Scania ainda tem que abastecer o mercado externo, para onde envia 65% da sua produção. "O ano de 2008 teoricamente já acabou, agora vamos tentar planejar melhor para o ano que vem, da mesma forma como farão nossos clientes", disse Leoncini.

O diretor da Scania comentou que, assim como o Brasil, outros países da América do Sul também estão com as vendas aquecidas, como o Peru e a Argentina, por exemplo.

A estratégia da subsidiária sueca para atender a grande demanda pelos caminhões pesados no mundo é aumentar a produção global. Na sua fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, a montadora utiliza três turnos para a produção de motores. Na linha de montagem de caminhões o ritmo de trabalho é cumprido em dois turnos.

Fonte: Gazeta Mercantil