MENU

Secretário-geral da FITIM vem ao Brasil e visita a CNM/CUT

O finlandês Jyrki Raina fez sua primeira visita oficial ao Brasil desde que foi eleito secretário-geral da Federação Internacional dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas. Ele esteve na planta da Ford São Bernardo, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e na sede da CNM/CUT

Publicado: 20 Outubro, 2009 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Nesta terça-feira (20), Jyrki esteve na planta da Ford, em São Bernardo do Campo, para conhecer de perto o Sistema Único de Representação (SUR) e trocar experiência com os trabalhadores que participam deste organismo, que reuniu em um só, a antiga Comissão de Fábrica e a CIPA. O secretário de Formação da CNM/CUT e coordenador do SUR, Paulo Cayres, foi o responsável por mostrar as ações dos trabalhadores na fábrica, bem como o processo de fabricação dos veículos.

No Sindicato ele reuniu-se com o presidente da entidade, Sérgio Nobre e com o presidente da CNM/CUT, Carlos Grana. Raina também conversou com trabalhadores demitidos da Makita e concedeu entrevista entrevista para a televisão.

Ao tomar conhecimento das diferenças salariais e de jornada de trabalho nas diferentes regiões do país, que são a base da luta histórica da categoria pela aprovação do Contrato Coletivo Nacional de Trabalho, o finlandês afirmou que os metalúrgicos do Brasil terão todo o apoio da FITIM.

Paulo Brasil (SUR-Ford), Paulo Cayres (CNM/CUT), Jyrki Raina (FITIM) e Valter Sanches (CNM/CUT)Paulo Brasil (SUR-Ford), Paulo Cayres (CNM/CUT), Jyrki Raina (FITIM) e Valter Sanches (CNM/CUT)

Jyrki fala sobre o Brasil e os projetos da FITIM

Durante sua visita à sede da CNM/CUT, em que foi recepcionado pela secretária de Políticas Sociais, Michele Ida Ciciliato e pelo secretário-geral, Valter Sanches, Jyrki Raina falou um pouco sobre as ações da FITIM para o próximo período. Ele afirmou que as campanhas contra o trabalho precário continuarão fazendo parte da pauta da Federação, mas agregou novos pontos.

"Vamos concentrar nossas ações na implantação de redes sindicais em empresas multinacionais, direitos e campanhas sindicais, mudanças climáticas e o combate ao trabalho precário", que segundo ele é uma das maiores ameaças tanto nos países industrializados como nas nações do terceiro mundo. "Os trabalhadores que atuam em situações precárias são os primeiros a perder os empregos nas indústrias".

O secretário-geral da FITIM afirmou que o período pós-congresso tem sido de modernização da entidade, em que a nova direção tem trabalhado para conhecer a realidade de cada região onde atua. "No congresso, nos comprometmos a atuar mais próximos das nossas bases". Segundo Raina, a América Latina hoje é a região mais ativa no movimento sindical metalúrgico. Ele disse ainda que há uma grande expectativa por parte dos membros do Comitê Executivo neste momento de mudanças.

Raina elogiou as ações de combate à crise feitas pelo governo brasileiro, após intervenções dos sindicatos, como a redução do IPI para automóveis. "Projetos como esse, que apoiou o setor auto, teve um impacto positivo ao preservar milhares de empregos diretos e indiretos, já que não atingem só as montadoras, mas toda a cadeia produtiva do setor."

Jyrki reconhece que a juventude é um público alvo do movimento sindical e diz que investimentos em comunicação fazem parte da estratégia da Federação para se aproximar da nova geração de trabalhadores. "Estamos buscando informações e construindo coisas novas. A comunicação é um instrumento chave e ferramentas como o Facebook servem como exemplo para atrair a atenção deste público", afirmou.

Valter Bittencourt - Imprensa CNM/CUT