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Toyota ultrapassa duas grandes nos Estados Unidos

Publicado: 05 Dezembro, 2006 - 08h00

Escrito por: CNM CUT

A Toyota já é vice-líder de mercado nos Estados Unidos. Em novembro, pela segunda vez este ano, superou Ford e DaimlerChrysler nas vendas domésticas, resultado que contribui para aumentar o volume acumulado em 2006, critério pelo qual a fabricante japonesa já se posiciona como a terceira maior montadora daquele país.

O mercado manteve a trajetória de crescimento dos últimos meses, fechando em 1,2 milhão de unidades em novembro, evolução de 3% sobre igual período de 2005. Mesmo com as vendas aquecidas, Ford e DaimlerChrysler não conseguiram volume suficiente para superar a Toyota.

A General Motors ficou na liderança com 293 mil unidades, volume 6,1% superior ao de novembro de 2005. A Toyota, vice-líder, vendeu 196,7 mil veículos, incremento de 16% na mesma base de comparação. Mesmo registrando crescimento nas vendas de 4,7%, a DC, com 186,6 mil veículos comercializados, não conseguiu superar a Toyota. E a Ford caiu para o quarto lugar, com 181 mil unidades e retração de 9,7%.

Retração em 2006 - O mercado estadunidense, o maior do mundo, provavelmente venderá menos veículos do que em 2005. A retração nos onze meses do ano, quando 15,1 milhões de veículos ganharam as ruas, é de 2,5%. Um mês de vendas parece ser pouco para atingir as 17 milhões de unidades de 2005. Nem mesmo o gráfico com as vendas dos últimos doze meses mostra que essa tendência será revertida. A tendência é de estabilidade, ou seja, em dezembro o mercado possivelmente absorverá de 1,4 a 1,5 milhão de unidades.

México garante recordes de produção nos próximos anos

Acordos de livre comércio e expansão do mercado interno garantem para a indústria automotiva mexicana recordes de produção e vendas nos próximos anos, segundo relatório sobre o setor divulgado na semana passada pelo banco canadense Scotiabank.

O México é o país que mais assinou tratados de livre comércio no mundo - incluindo o acordo firmado com o Brasil na semana passada, que permite às duas nações importar e exportar automóveis de passeio e comerciais leves livres de impostos de importação. Somando a população dos países com os quais os mexicanos mantêm acordos, chega-se ao mercado potencial de mais de 1 bilhão de pessoas, avalia o relatório.

Por isso fabricantes de automóveis enxergam no México base atraente para montagem e exportação com isenção de tributos. O tratado recente com o Japão, por exemplo, já trouxe investimentos de montadoras japonesas, incluindo nova fábrica na região da Baja California.

Além do imenso mercado externo ao qual tem acesso, o estudo do Scotiabank destaca o potencial de crescimento do próprio mercado doméstico mexicano, ponderando que o país tem 106 milhões de habitantes, mas existem somente 25 milhões de carros e caminhões - o que representa 0,22 veículos per capita, ou menos de 30% do valor médio de 0,75 dos países industrializados.

Os fatores externos e internos garantem que no longo prazo o México seja o único país da América do Norte onde o setor automotivo tem espaço para se expandir fortemente. O relatório lembra que contribui muito para isso o crescimento econômico em ritmo superior a 4% ao ano, aumentando o nível de emprego e salários. A forte expansão do crédito e elevada confiança do consumidor fazem o resto, completando o cenário positivo que dá suporte às vendas de veículos.

Em outubro as vendas anualizadas de veículos no México cresceram 8% sobre os doze meses anteriores, assegurando o recorde de 1,2 milhão de unidades vendidas em 2006. Espera-se daqui para frente que os negócios atinjam volume de 1,5 milhão até o fim desta década, quando o país se igualaria ao mercado interno do Canadá.

Os fabricantes de automóveis investiram mais de US$ 4 bilhões no México em 2005, com diversas fábricas recebendo encomendas de novos produtos. Como resultado estima-se que as montadoras instaladas em território mexicano ultrapassem o recorde de 2 milhões de unidades produzidas este ano. O estudo do Scotiabank projeta que até o fim da década a produção mexicana alcançará 2,5 milhões de veículos.

Fonte: Autodata