Usiminas e Gerdau não consideram comprar fatia na CSA

Executivos da CSN, Vale, Gerdau e Usiminas foram questionados hoje se comprariam a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), posta à venda pela ThyssenKrupp. Os executivos participantes do Rio Investors Days, que ocorre nesta semana no Copacabana Palace, foram céticos em relação à possibilidade e não responderam diretamente à questão.

Em discurso no evento, o diretor-executivo de relações com investidores da CSN, David Moise Salama, considerou que procura nunca comentar especulações de mercado. Mas admitiu que, nos próximos anos, a concorrência no setor siderúrgico vai aumentar. Isso porque há sinais de excesso de produtos tendo em vista o ritmo de crescimento da demanda. Entretanto, frisou que as empresas brasileiras trabalham em redução de custos e manutenção de níveis de eficiência para lidar com este ambiente.

O executivo da área de relações com investidores da Vale, Viktor Moszkowicz, apenas pontuou que a empresa é uma companhia de mineração e não siderúrgica. O diretor financeiro da Gerdau, Harley Lorentz Scardoelli, afirmou que o foco da empresa é o crescimento orgânico de operações já existentes.

Já o executivo da área de relações com investidores da Usiminas, Ronald Seckelmann, considerou que a empresa está concluindo agora o ciclo de investimentos mais importante da histórica da empresa. Nos últimos quatro anos e meio, a companhia alocou investimentos da ordem de R$ 14 bilhões em aquisições, e a prioridade é “concluir este ciclo”. “Portanto, a CSA não está no nosso radar, absolutamente”, frisou.

Fonte: Valor