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Wirex Cable revê metas e planeja nova fábrica

Publicado: 27 Junho, 2008 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

O bom desempenho das indústrias de mineração, siderurgia e automobilística, assim como novos contratos na área petrolífera e com usinas de açúcar e álcool, fizeram com que a Wirex Cable, fabricante de fios e cabos de cobre e de alumínio, recalculasse sua meta de crescimento para 2008. De acordo com Fernando Berardo, diretor comercial da empresa, o faturamento deve alcançar US$ 220 milhões, ante os US$ 200 milhões inicialmente previsto. O novo patamar representa alta de 22% sobre os US$ 180 milhões faturados em 2007. "E se tivéssemos capacidade de produção venderíamos mais ainda", afirmou Berardo.

Para solucionar este problema, a empresa estuda a instalação de uma nova fábrica próxima a uma montadora de automóveis. Do faturamento total da Wirex, 80% são das vendas de cabos para indústrias em geral e 20% para indústria automobilística, que utiliza os cabos na montagem da parte elétrica dos automóveis. Hoje a empresa possui apenas uma fábrica, em Santa Branca, na região do Vale do Paraíba, interior de São Paulo, com as três etapas de produção dos fios: metalúrgica, isolação e produção de cabos especiais. A idéia, segundo Berardo, é se aproximar dos clientes construindo uma unidade especializada na montagem de cabos especiais.

Além disso, a empresa investirá US$ 10 milhões para eliminar gargalos de produção ao longo do ano. Já estão definidos aportes de US$ 3 milhões para a expansão da linha metalúrgica e US$ 5 milhões na linha de finalização de cabos de média tensão. Esses investimentos devem elevar em 30% a capacidada de produção de cabos de cobre - a empresa fabrica mil toneladas por mês -, e dobrar a capacidade de produção de cabos de alumínio, que é de 300 toneladas por mês.

A Wirex firmou com a sucroalcooleira Zilor um contrato de R$ 4 milhões para o fornecimento de fios e cabos para quatro indústrias da empresa, todas localizadas no interior de São Paulo.  Segundo Berardo, este setor pode ganhar muito destaque dentro da empresa nos próximos anos. "A previsão é que 36 novas usinas entrem em operação nos próximos anos", explicou. No ano passado, as vendas para este tipo de usina representaram 2,5% do faturamento. Este ano deve ultrapassar os 5%.

Além das indústrias de álcool e açúcar, o fornecimento para as indústrias de petróleo e gás também desponta como promissor, segundo Berardo. A descoberta de reservas na camada pré-sal pode ser uma boa oportunidade para o setor. No entanto, o executivo reconhece que as exigências da Petrobras para a exploração em grande profundidade pode significar algum tempo de pesquisa. "Passamos dois anos pesquisando na última exigência da empresa", afirmou. Outro setor que anima o executivo é o imobiliário, que começa a despontar como promessa de bons negócios. A Wirex fechou com a Cyrela um contrato de fornecimento de fios para a construção de um condomínio.

Exportação

2008 reservou uma surpresa segundo o diretor da Wirex. No início do ano, a meta era impulsionar as vendas externas na América Latina para conseguir minimizar o impacto do alto preço do cobre. As vendas externas cresceram, mas os Estados Unidos despontaram como principal cliente e devem fechar o ano representando até metade dos embarques, que devem ficar com 5% do total faturado. A empresa fornece cabos para aeroportos e empresas petrolíferas no país. Segundo Berardo, a principal diferença entre vender aos Estados Unidos e outros países é a simplicidade do mercado americano. "Eles são mais diretos. Apenas especificam os tipos de produtos e efetuam a compra." Para ele, a exploração das reservas em alto mar, assim como a abertura para a exploração do Alasca, podem abrir um grande mercado nos EUA.

Fonte: Gazeta Mercantil