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Dia Mundial da Saúde: lutar por uma vida melhor

Publicado: 07 Abril, 2024 - 00h00

No dia 7 de abril, o mundo celebra o Dia Mundial da Saúde, uma ocasião dedicada a aumentar a conscientização sobre questões relacionadas à saúde e promover ações para melhorar o bem-estar de todas as pessoas, em todo o mundo. Instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1948, durante a primeira Assembleia Mundial da Saúde, esse dia serve como um lembrete poderoso da importância de investir na saúde, tanto a nível individual quanto coletivo, bem como para destacar os desafios que as comunidades enfrentam em relação ao acesso aos cuidados de saúde.

Neste ano de 2024 o dia Mundial da Saúde tem como tema “Minha saúde, meu direito” e foi escolhido pela OMS para defender o direito de todas as pessoas, em todos os lugares, de terem acesso a serviços de saúde, educação e informação, bem como à água potável, ao ar puro, à alimentação saudável, à moradia de qualidade, a condições ambientais e de trabalho decentes e a viverem livres de discriminação.

Neste dia, buscamos chamar atenção de todos os trabalhadores e trabalhadoras do ramo metalúrgico para fortalecer a luta em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) nos seus territórios, pois, sendo o SUS nossa maior política de inclusão social, ela está diretamente relacionada às questões específicas de saúde, como prevenção de doenças, promoção de estilos de vida saudáveis, acesso equitativo aos serviços de saúde e desenvolvimento de sistemas de saúde resolutivos, com pleno funcionamento e capaz de atender as demandas de cuidados com a saúde em todos os níveis de atenção. 

A nossa luta em defesa do direito à saúde no Brasil resulta de anos de luta do movimento conhecido como Reforma Sanitária, uma reforma democrática na área da saúde. O movimento nasceu da ação contra a ditadura, no início da década de 1970, alinhados com os conhecimento dos novos conceitos de saúde e da Declaração de Alma-Ata, no exercício de controle social, o debate sobre um novo modelo de saúde que foi pautando durante a 8ª Conferência Nacional de Saúde (8ª CNS), em 1986. 

Esta 8ª CNS trouxe as bases para elaborar a seção sobre saúde presente na nossa Constituição Federal (CF) de 1988, um marco de criação do Sistema Único de Saúde brasileiro, com os princípios mais democráticos de universalidade e equidade, ao encontro do processo de democratização do Brasil pós-ditadura. 

Diante disso, a CNM/CUT, reafirma seu compromisso na luta por uma saúde pública de qualidade, integral e gratuita e, para isso, seguirá atuando na defesa do SUS e no fortalecimento de sua participação permanente nos espaços de proposição e formulação, nos espaços de controle e participação social das políticas públicas de saúde como, conselhos e fóruns de saúde e de saúde do trabalhador e da trabalhadora.  

O SUS representa nossa maior conquista social brasileira porque promove a justiça social, ofertando atendimento a todos as pessoas e que mesmo sendo atacado duramente tem sido responsável por salvar vidas. Além disso, é o maior sistema público de saúde do mundo, atendendo a cerca de 190 milhões de pessoas, sendo que 80% delas dependem exclusivamente desse sistema para os cuidados com a sua saúde.   

A CNM/CUT compreende que saúde é direito, e está interconectada com outros aspectos do desenvolvimento sustentável, como educação, trabalho digno e seguro, meio ambiente saudável, que considera os impactos na saúde das pessoas e do planeta. 

Nosso desafio na garantia desse direito se insere em um mundo em constante mudança, que nos convida a atentar para proteção contra as pandemias globais, aumento das doenças crônicas não transmissíveis, desigualdades no acesso aos cuidados de saúde, saúde mental e bem-estar, temas que ocupam cada vez mais o centro das atenções no Dia Mundial da Saúde. 

A CNM /CUT segue firme na busca pela superação dos desafios que se apresentam para a garantia desse direito tão necessário à vida bem como, se somando na união de forças a comunidade global para promover ações significativas que levem a um mundo mais saudável no presente e para as gerações futuras, uma vez que, sua defesa é fundamental para garantir o direito à saúde como um direito humano fundamental, promovendo a equidade, a justiça social e o bem-estar dos trabalhadores e trabalhadoras metalúrgicos e metalúrgicas e de toda a população brasileira.

Francisco Jonaci de Almeida

Secretário de Saúde do Trabalhador, Previdência Social e Meio Ambiente da CNM/CUT