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CNM/CUT e representantes da Frente Parlamentar do Naval visitam estaleiros em Manaus

Metalúrgicos da CUT estiveram presente em mais uma das agendas de reconhecimento da cadeia produtiva do setor naval do país, em busca da retomada

Publicado: 28 Março, 2024 - 12h21 | Última modificação: 28 Março, 2024 - 12h31

Escrito por: Redação CNM/CUT*

Joab Ribeiro
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Uma comitiva de integrantes da Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Naval Brasileira esteve na última sexta-feira (22) em Manaus (AM), visitando os estaleiros Beconal e Juruá, conversando com os trabalhadores destes locais e vendo de perto a produção do segmento naval na capital amazonense.

A CNM/CUT esteve representada na visita, que também contou com membros da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte Aquaviário e Aéreo, na Pesca e nos Portos (CONTTMAF), Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas e CUT Amazonas, ambos representando os trabalhadores.

Manaus é mais uma das diversas cidades visitadas pelos integrantes da Frente Parlamentar na busca por conhecer a cadeia produtiva da indústria naval brasileira.

Para o presidente da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira, a realidade da capital amazonense é diferente de outros estaleiros do país, pois a produção é focada no contexto local, marcado pela forte presença do transporte por meio dos rios. “São fabricações de barcaças e pequenas embarcações, e isso traz uma perspectiva de ter uma produção contínua por causa da presença dos rios, inclusive também com a produção de motores náuticos que são produzidos pela Yamaha para essa região”.

Loricardo acredita que essa visita abrirá a percepção dos membros da Frente Parlamentar para a necessidade de pensar na reativação da indústria naval nacional além da produção de embarcações para a Petrobras. “Nós precisamos olhar a produção naval para outros formatos, buscar não apenas investimento estatal, mas também observar a produção do setor privado. E isso inclui olhar o trabalho, a renda, a qualificação profissional dos trabalhadores”.

A vice-presidenta da CNM/CUT, Catia Maria Braga Cheve, que é metalúrgica em Manaus, avalia que a visita da Frente Parlamentar é uma oportunidade de trazer visibilidade ao segmento no norte do país, o que pode colaborar para geração de emprego e renda dos trabalhadores locais. “É importante focar na formação destes trabalhadores, pois é um trabalho muito pesado, onde eles estão em espaço de confinamento. Nós, como representantes dos trabalhadores, seja à nível nacional com a CNM/CUT, seja no estado com a CUT Amazonas, estaremos envolvidos no processo de retomada do setor naval, acompanhando e fiscalizando para a indústria voltar a crescer”.

Joab RibeiroJoab Ribeiro

Olhar especial para a região amazônica

Além dos parlamentares membros da Frente Parlamentar e de sindicalistas, entidades locais como a Secretaria Executiva do Trabalho e Empreendedorismo do Amazonas (Setemp), Universidade Estadual do Amazonas (UEA) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) também estiveram presentes na comitiva. Petrobras, Transpetro, e o Sindicato da Indústria da Construção Naval, Náutica, Offshore e Reparos do Amazonas (SINDNAVAL) representaram entidades patronais.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas e da CUT Amazonas, Valdemir Santana, avalia que a visita da Frente Parlamentar servirá para que o governo federal olhe com mais carinho para a região amazônica. “É de grande importância recebermos a Frente Parlamentar aqui no nosso estado, onde podemos apresentar a nossa realidade que já vem buscando vencer os desafios de deslocamento na região norte e entender melhor as demandas e particularidades do mercado local. Passamos muito tempo esquecidos e sem impulsionamento algum, e com a sensibilidade do governo Lula, o Brasil vai retomar o investimento na indústria naval”.

Já o deputado federal e presidente da Frente Parlamentar, Alexandre Lindenmeyer (PT-RS), afirmou que a realidade da construção naval no Amazonas é pujante e efetiva. “Tive a oportunidade de conhecer dois grandes estaleiros do estado,  estou muito feliz com o tamanho e dimensão desse país continental que é o esse estado. A realidade do setor naval no Amazonas tem grande força e é eficaz, que emprega milhares de trabalhadores. Portanto, é um novo momento, onde há uma definição de reconstrução da política naval brasileira e trabalhamos para tornar isso efetivo, gerando emprego e renda”.

* Com informações de Alinne Bindá e Joab Ribeiro (Assessoria em Manaus)