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CNM/CUT repudia qualquer forma de violência no local de trabalho e na vida

A Confederação Nacional dos Metalúrgicos tem, dentre seus compromissos, o de lutar para que o trabalhador e a trabalhadora tenham um ambiente livre de assédio

Publicado: 22 Setembro, 2022 - 19h34 | Última modificação: 22 Setembro, 2022 - 19h37

Escrito por: Redação CNM/CUT

Divulgação
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A Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) vem a público reafirmar o nosso repúdio a qualquer forma de violência, seja ela no trabalho ou na vida.

A Secretaria de Mulheres Metalúrgicas da entidade tem trabalhado incessantemente para subsidiar os sindicatos e suas bases em como agir através do seu coletivo de mulheres, com o uso de matérias, cartilhas, lives e trocas de experiências esperando que essas informações contribuam para a consolidação de relações de trabalho mais dignas e éticas e na construção de um ambiente saudável, pautado na dignidade e respeito às pessoas.

A Confederação Nacional dos Metalúrgicos tem, dentre seus compromissos, o de lutar para que o trabalhador e a trabalhadora tenham um ambiente livre de assédio independentemente da raça, etnia, religião, cor, sexo, idade, origem, orientação sexual, deficiência, identidade de gênero, gravidez ou qualquer outra característica ou condição do indivíduo, proibida por lei e/ou convênios internacionais e toma para si o combate a comportamentos que se caracterizem como discriminatórios, assediadores ou qualquer outro tipo que seja inaceitável em locais de trabalho.

Além disso, nós s metalúrgicas, junto com as trabalhadoras do ramo industrial, já cobramos que o governo brasileiro ratifique a Convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata sobre a eliminação da violência e do assédio no mundo do trabalho.A OIT classifica como assédio no ambiente de trabalho a exposição a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada e no exercício de suas funções.

O nosso posicionamento sempre foi contra qualquer tipo de violência, mas voltamos a reafirmar a pauta depois de termos conhecimento do caso da TK Elevadores. 

O que se tem notícias ao longo destes anos, a TK Elevadores tem grande histórico de assédio e demissões em caso de denúncia.  As trabalhadoras têm muito medo de relatar os casos, pois a realidade mostra que quando há relatos, as trabalhadoras é que são demitidas sem aprofundamento do caso ou a intervenção externa para combater tal prática. 

Segundo estas denúncias, foram assédios em forma de piadas, causando constrangimento às trabalhadoras.  E quando a reação da empresa frente às denúncias foi de demissão da trabalhadora que sofreu o assédio, o Sindicato agiu no sentido de pedir esclarecimentos, exigindo o retorno da trabalhadora e a demissão do assediador, além de informar o RH  que frente a qualquer relato de assédio o Sindicato informaria imediatamente a empresa na Alemanha.

Embora este caso tenha sido resolvido, acabou gerando mais medo de represália, frente à primeira reação da empresa que demitiu a trabalhadora.

O assédio moral e sexual, que ferem o princípio da dignidade humana, têm crescido no Brasil e afetado a saúde física e emocional de milhares de trabalhadores e trabalhadoras. 

Apesar de muitos silenciarem por medo de se expor, e perder seus empregos, muitas denúncias são recebidas anualmente. 

Segundo o Ministério Publico Trabalhista 2/3 das denúncias por assédio sexual são feitos por mulheres. Em caso de assédio moral, metade é feito por homens e metade por mulheres.

Diante dos ataques neoliberais e fascistas do golpismo, torna-se fundamental que toda a classe trabalhadora, o conjunto da sociedade e o movimento sindical se mantenham atentos a incidência de casos de assédio no ambiente de trabalho, principalmente com a aprovação da reforma trabalhista que coloca o trabalhador e a trabalhadora ainda mais a mercê dos interesses dos patrões, portanto o sindicato é um dos primeiros locais onde o trabalhador e trabalhadora assediada deve ir para pedir orientação de como agir.  

E nos casos referente a TK ELEVATOR, a CNM/CUT segue o que a nossa base local,  exige e solicita que a empresa cumpra as normas de respeito com os/as trabalhadores/as da empresa  e acordem, de forma coletiva, cláusulas que garantam condições de trabalho decentes para as trabalhadoras e os trabalhadores. 

Pelo fim da violência já!