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Debate sobre mobilidade de baixo carbono tem de incluir trabalhador, alerta CNM/CUT

Evento em Brasília lançou acordo para avanço de política de transição energética na mobilidade brasileira

Publicado: 26 Março, 2024 - 12h55 | Última modificação: 26 Março, 2024 - 13h09

Escrito por: Redação CNM/CUT*

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Se o Brasil quiser avançar rumo a políticas de incentivo à mobilidade sustentável, com produção de veículos com baixo carbono, usando matrizes energéticas mais limpas como biocombustíveis e eletricidade, os trabalhadores não podem ser excluídos do debate do assunto pois eles são parte essencial do processo.

Esta foi a afirmação do secretário-geral da CNM/CUT, Renato Carlos de Almeida (Renatinho), que esteve presente na última terça-feira (19), em Brasília, no seminário “Descarbonização: os desafios para a mobilidade de baixo carbono no Brasil”, onde foi lançado o Acordo de Cooperação MBCB (Mobilidade de Baixo Carbono para o Brasil). 

A iniciativa pretende impulsionar a transição energética limpa e justa, economicamente viável e socialmente responsável do setor de mobilidade, respeitando a neutralidade tecnológica e estimulando a neo-industrialização.

“É importante o movimento sindical se inserir nesse debate da mobilidade de baixo carbono e construir um caminho para a classe trabalhadora, pois é um assunto que interessa a quem está no chão de fábrica. Se formos esperar que o setor patronal ou o governo coloque o trabalhador nesse espaço isso raramente vai acontecer”, alertou Renatinho, que também é coordenador do segmento automotivo da CNM/CUT.

O dirigente considerou os debates do evento muito ricos pois demonstram que existe uma preocupação geral de levar o Brasil a cumprir as metas de diminuição da emissão de carbono no meio ambiente e assim ter uma economia mais limpa e sustentável nos próximos anos.

“Nosso país  tem um grande potencial na questão do do carro híbrido, que é uma alternativa importante, principalmente o híbrido a etanol. Quando você trabalha os biocombustíveis, percebe-se que o etanol traz um protagonismo ao país nesse sentido”, afirmou o secretário-geral da CNM/CUT.

Participantes do seminário

O evento em Brasília foi realizado pela iniciativa MBCB e pela organização Esfera Brasil, e contou com a participação de representantes de montadoras, da indústria de etanol e biometano, do governo federal e também do mundo político. 

Representantes do movimento sindical, que integram o MBCB, dialogaram sobre a apresentação do estudo ‘Trajetórias Tecnológicas mais Eficientes para a Descarbonização da Mobilidade’.

O presidente da IndustriALL-Brasil, Aroaldo Oliveira da Silva, que também é membro do Conselho do MBCB, foi um dos palestrantes e afirmou que os trabalhadores têm todo o interesse em discutir essa transição energética com a sociedade brasileira.

“O primeiro ponto fundamental é como vamos debater todas as rotas tecnológicas e para quem estamos fazendo isso. O objetivo é, de fato, a melhoria da qualidade de vida das pessoas e entender como vai ser o impacto nas cidades e na geração de emprego. Não podemos pensar no desenvolvimento tecnológico e econômico sem incluir a população”, disse Aroaldo.

* Com informações do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, IndustriALL Brasil e Esfera Brasil