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Macrossetor da Indústria da CUT: mulheres debatem impactos da reforma Trabalhista

Publicado: 23 Novembro, 2017 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
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Encontro reuniu lideranças dos ramos que compõem o Macrossetor da Indústria 

O Macrossetor da Indústria da CUT, que reúne os ramos vestuário, químico, alimentação, metalúrgico, construção civil e mobiliário, realizou um Encontro de Mulheres para debater ações contra os impactos da Reforma Trabalhista à mulher trabalhadora. A atividade ocorreu na sede da Central Única dos Trabalhadores, CUT, nesta terça-feira (21).

A presidenta da CNTRV, Cida Trajano, falou às participantes sobre os prováveis impactos da Reforma Trabalhista nos setores que compõem o Ramo Vestuário. Dentre as maiores preocupações estão a terceirização, a legalização do trabalho home office (que representa o aprofundamento da precarização das relações trabalhistas em setores como calçados e confecções), a permanência de mulheres grávidas e lactantes em locais insalubres, o fim da obrigatoriedade do intervalo para amamentação e o trabalho intermitente.

“Lamentavelmente, a Reforma Trabalhista é ainda mais cruel para as mulheres. Esta legislação escancara as portas para o trabalho precário e poderá reduzir ainda mais a renda das mulheres trabalhadoras, que já é inferior à dos homens em diversos setores produtivos, dentre eles, a indústria”, ressaltou Trajano.

A secretária de Mulheres da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), Marli Melo, também esteve presente na atividade. 

“As mulheres, principalmente as negras, são sempre atacadas, além de serem as primeiras a serem demitidas, a estarem em trabalhos precários e com salários menores, ainda querem aprovar políticas para criminalizá-las, vide a criminalização do aborto em caso de estupro, também em discussão no Congresso Nacional. Acredito que podemos contribuir e fortalecer juntas essa nossa luta. A CNM está trabalhando para criar estratégias de resistência e combater a Reforma Trabalhista nas nossas negociações. O nosso dia a dia está voltado para isso, sempre fazendo o recorte de gênero”, explicou Melo.

As participantes debateram a importância do fortalecimento da ação sindical voltada para a mulher trabalhadora como forma de fortalecer a resistência contra a Reforma Sindical. 

O Encontro pautou ainda a luta contra a Reforma da Previdência que já retornou à pauta do Congresso.

(Fonte: Redação CNTRV, com informações da CUT)