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Metalúrgicos do ABC participam de intercâmbio com sindicalistas chineses

Encontro na CUT teve como objetivo abrir o diálogo sobre as questões que atingem os trabalhadores brasileiros em empresas chinesas instaladas no Brasil

Publicado: 19 Abril, 2024 - 16h01 | Última modificação: 19 Abril, 2024 - 16h06

Escrito por: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

Divulgação
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A CUT recebeu na última segunda-feira, dia 15, lideranças sindicais da All-China Federation of Trade Unions, a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Chineses, que representa mais de 200 milhões profissionais daquele país. O encontro serviu para estreitar e aprofundar as discussões que atingem os trabalhadores brasileiros em empresas chinesas instaladas no Brasil.

O presidente da CUT, Sérgio Nobre, explicou aos dirigentes chineses que a reindustrialização do Brasil é um grande desafio, e que a parceria com a China é central nesse processo. “No mundo globalizado, tal como vivemos, a boa relação entre os dois países é fundamental, e para prosperar nos projetos de cooperação econômica precisamos estreitar as relações entre os sindicatos (do Brasil e da China)”.

Valor agregado

Presente no encontro, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SP), Moisés Selerges, chamou atenção para as discussões que precisam ser feitas para que o Brasil consiga exportar produtos de valor agregado para a China, e não majoritariamente commodities, como funciona hoje. Para isso, propôs que seja criado um grupo de trabalho intermediado pelas embaixadas dos dois países com técnicos dos sindicatos.

“Estamos sendo procurados por empresas chinesas que querem instalar suas fábricas no Brasil, em especial da região do ABC, como empresas de carros elétricos. Os investimentos chineses precisam contar com a participação dos trabalhadores, uma conversa que precisa continuar e dar frutos concretos”.

Relações diplomáticas

O presidente da IndustriALL Brasil, Aroaldo de Oliveira da Silva, lembrou que este ano completa-se 50 anos das relações diplomáticas Brasil-China, e que hoje um dos temas emergentes entre os países é a crise climática, cujo os maiores afetados são os trabalhadores e trabalhadoras.

“Precisamos aprofundar o debate sobre a transição energética justa. No próximo ano teremos a conferência do clima (COP30), que será realizada em Belém do Pará, e até lá devemos fazer muitos encontros para garantir o trabalhador no centro desse debate”, afirmou.

Também estiveram presentes representantes dos ramos de petróleo, química e educação.

*Com informações da CUT