Por direitos, metalúrgicos no ES entram em greve
Outro fator que tem gerado revolta é que o Sindicato Patronal quer implementar o Contrato Intermitente, o que precariza ainda mais a mão de obra e reduz os postos de trabalho
Publicado: 26 Outubro, 2020 - 00h00
Escrito por: CNM CUT
Crédito: Divulgação |
Greve no ES |
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Na manhã desta segunda-feira, os metalúrgicos do Espírito Santo iniciaram o movimento grevista, diante do impasse na negociação salarial para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho 2020/2021.
Há meses tentando negociar com os patrões condições mais dignas de trabalho, a única coisa que o Sindifer (sindicato patronal) garantiu aos trabalhadores até o momento foi um reajuste pífio de apenas 1% sobre as cláusulas econômicas da CCT. O que não recupera sequer a inflação do período.
Além do reajuste vergonhoso e de ignorar o pleito dos empregados, a bancada patronal ainda insiste em retirar ou alterar 13 cláusulas da CCT, o que para os metalúrgicos é uma grande afronta ao esforço e dedicação de tantos anos, afinal cada direito e benefício garantidos na CCT foram conquistados com muita luta pelo Sindimetal-ES e pelos trabalhadores.
Outro fator que tem gerado revolta é que o Sindicato Patronal quer implementar o Contrato Intermitente, o que precariza ainda mais a mão de obra e reduz os postos de trabalho.
A greve que em seu primeiro dia teve total adesão continua até que a bancada patronal avance na proposta e atenda as reivindicações dos metalúrgicos, que entre outras coisas pleiteiam: reajuste salarial de 5%, reajuste de 12% nos pisos profissionais e piso de ingresso; cartão alimentação no valor de R$ 590,00 por mês e a manutenção dos demais itens da pauta de reivindicações dos trabalhadores.
*matéria publicada no site do sindicato