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São Leopoldo (RS) recebe mantimentos doados pelo metalúrgicos de Sorocaba

Há um mês, ginásio Bigornão, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Leopoldo, é o lar para centenas de pessoas desalojadas por conta da enchente

Publicado: 05 Junho, 2024 - 12h21 | Última modificação: 05 Junho, 2024 - 12h41

Escrito por: Sindicato dos Metalúrgicos de São Leopoldo

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O Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Leopoldo e Região (STIMMMESL) recebeu, na tarde de sexta-feira (31), um caminhão com mantimentos como alimentos, águas e outros itens, arrecadados na campanha de solidariedade promovida pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMETAL).

O presidente do Sindicato, Valmir Lodi destacou a solidariedade das metalúrgicas e dos metalúrgicos de todos o Brasil com o Rio Grande do Sul. “Agradecemos do fundo do coração a todos que doaram esses donativos que estamos recebendo. Sem dúvida, vai fazer a diferença aqui em São Leopoldo”, garantiu Valmir.

O dirigente também agradeceu ao senhor Aloysio Ferreira, da Iperfor Industrial, empresa de Iperó, interior de São Paulo e base do SMETAL. “Foi ele que fretou o caminhão para que as doações chegassem até aqui. Por isso, o nosso muito obrigado”, enfatizou.

O secretário-geral do STIMMMESL, Valdemir Ferreira Pereira, o secretário de Comunicação da entidade, Alexandre Rosa da Rocha e o tesoureiro do Sindicato, Genilso Vargas da Rosa também acompanharam a chegada dos donativos nos pavilhões da empresa Taurus, no Distrito Industrial de São Leopoldo.

DivulgaçãoDivulgação
Jocelei, Letícia e Eliane: abrigados no Ginásio Bigornão

Bigornão é local de abrigo na cidade

A tragédia das chuvas intensas que devastou regiões inteiras do nosso estado impactou a vida da grande maioria das pessoas. E mais ainda daqueles que foram atingidos diretamente pelas enchentes e inundações e tiveram que se alojar nos abrigos. O ginásio Bigornão do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Leopoldo e Região (STIMMMESL) começou a receber os desabrigados na tarde de 3 de maio e um mês depois ainda há pessoas alojadas no local. 

O abrigo chegou a ter 800 pessoas e desde o começo, todo o esforço da entidade está em promover o melhor espaço possível para essas pessoas e minimizar os danos e sofrimentos das famílias afetadas. Por isso, o Sindicato conversou com três pessoas que ficaram abrigadas na entidade.

O metalúrgico aposentado Jocelei João Calisto chegou ao Bigornão no sábado (4) e afirma que foi muito bem assistido e atendido. “Foi muita gente. Só da minha família, estavam eu e mais cinco pessoas. Apesar de tudo, só tenho que agradecer o que foi feito. Estávamos muito bem assistidos”, garantiu ele que é morador da Vila Maria, no bairro Vicentina e já voltou para a casa. 

A também moradora da Vicentina, Letícia Borges tem 38 anos e está com 16 familiares no abrigo. “É toda a família. Moro bem próximo de onde estourou o dique e perdemos tudo. Em menos de duas horas, vimos a nossa casa ser tomada pela água até o telhado, entramos em desespero”, relatou Letícia.

Ela e os familiares foram socorridos na avenida João Correa. “Os voluntários estavam com os barcos a motor, pegando as pessoas para trazer aos abrigos e foi assim que chegamos aqui no Bigornão, na madrugada de sexta para sábado, quando começou a enchente”, disse. 

Aos 61 anos, Elaine Beatriz da Silva de Oliveira foi uma das primeiras a chegar no Bigornão com o seu cachorro Salgadinho e espera voltar para a casa nos próximos dias. “Fui uma das primeiras a chegar aqui e fui muito bem atendida pelos médicos e assistentes sociais, o pessoal foi muito atencioso”, declarou Elaine.

Atualmente, há cerca de 270 pessoas nas dependências do ginásio Bigornão e dezenas de pets, entre cachorros e gatos, alocados na área de lazer do STIMMMESL.

O STIMMMESL agradece a todos os voluntário e parceiros que ajudaram com mão de obra ou doações. Só assim foi possível atender a todos. O Sindicato também se solidariza com todas e todos atingidos por essa tragédia.

Tragédia

O número de mortes pelas enchentes que atingem o estado desde o começo de maio, está segue em 172 e há 42 desaparecidos, segundo os dados da Defesa Civil desta segunda-feira (3). No RS são mais de 2,3 milhões de pessoas afetadas de alguma maneira e 580 mil estão desalojados. Enquanto isso, 37.154 permanecem em abrigos temporários.

São Leopoldo tem 250 mil habitantes e chegou a contabilizar cerca de 180 mil pessoas atingidas com as enchentes, mais de 100 mil pessoas fora de seus lares, 34 mil casas atingidas pelas cheias e 13 mil abrigados nos mais de 100 alojamentos da cidade.