SP: Mais cinco sindicatos aprovam pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2024

Os sindicatos filiados à Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT-SP (FEM-CUT/SP) realizam assembleias para votar a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2024. Até o último domingo, 28, as votações foram realizadas pelas entidades sindicais em Salto, ABC, Matão, Monte Alto, São Carlos, Sorocaba e Taubaté, todas com aprovação unânime dos trabalhadores.

A Campanha Salarial deste ano traz como tema “Unidade e Luta: Vamos conquistar a nossa parte!”. A consolidação dos direitos das Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs), a reposição integral da inflação e o aumento real nos salários são os principais pontos de luta dos metalúrgicos. Além disso, a defesa da redução de jornada sem a redução de salários e a queda da taxa de juros, a Selic, também fazem parte das reivindicações.

Para o presidente da FEM-CUT/SP, Erick Silva, as assembleias marcam uma importante etapa da Campanha Salarial. “A aprovação dos trabalhadores da base é fundamental para dar força para a Federação buscar os avanços nas mesas de negociações com as bancadas patronais. Os metalúrgicos, dentro das fábricas, conhecem melhor que ninguém a realidade do dia a dia de trabalho e confiam a nós o desafio de buscar as melhorias tão necessárias”.

Ele completa que será preciso muita luta para chegar a um resultado vitorioso na Campanha Salarial. “Sempre destacamos que a unidade e a mobilização da categoria é muito importante. Nunca é fácil negociações com os patrões e todo avanço só é conquistado com muita luta”.

O sindicalista participou da assembleia do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos, entidade da qual é dirigente. Ceres Lucena, secretária da Mulher Trabalhadora e vice presidente dos metalúrgicos de São Carlos, também esteve presente.

Já Max Pinho, secretário-geral da FEM-CUT/SP, participou das assembleias em Sorocaba e Taubaté e destaca a importância das negociações coletivas com as bancadas patronais.

“No ano passado, a intransigência das bancadas patronais travou as negociações e os sindicatos tiveram que seguir a luta negociando com cada fábrica. Tivemos bons resultados dessa maneira, mas não é o melhor caminho. Esperamos que o patronal reflita sobre a importância das negociações coletivas e esteja disposta a entender as reivindicações da categoria, que são pontos justo e fundamentais para a valorização dos trabalhadores”.

O coordenador de Políticas Sociais da entidade, Josivan Nunes do Vale (Cachoeira), também marcou presença na assembleia em Taubaté.

Data-base 2024

Em cinco meses, a categoria acumula perdas de 2,47% nos salários com a inflação. Os dados são do Dieese e foram calculados com base no Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC), divulgado no início do mês. A data-base dos metalúrgicos da FEM-CUT/SP é em 1º de setembro.