MENU

SP: Metalúrgicos tiveram 3,58% de perdas com a inflação em 10 meses

Campanha Salarial 2024 da FEM-CUT/SP busca reposição integral da inflação e aumento real nos salários da categoria

Publicado: 15 Julho, 2024 - 12h30 | Última modificação: 15 Julho, 2024 - 12h38

Escrito por: FEM-CUT/SP

notice

Em 10 meses, entre setembro de 2023 e junho de 2024, os trabalhadores da base da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT-SP (FEM-CUT/SP) tiveram 3,58% de perdas salariais com a inflação. O cálculo realizado pelo Dieese leva em consideração o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

No mesmo período do ano passado, os metalúrgicos acumulavam 3,87% de perdas salariais com o índice inflacionário, segundo o Dieese.

A FEM-CUT/SP e os sindicatos filiados já iniciaram as negociações com as bancadas patronais. A pauta de reivindicações busca a reposição integral da inflação e aumento real nos salários dos trabalhadores.

Erick Silva, presidente da entidade, enfatiza a importância de garantir a valorização dos trabalhadores. “Apesar de não termos uma inflação absurdamente alta, como em outros anos, esse índice representa que os salários valem menos, conseguem comprar menos do que compravam antes. Por isso, é fundamental que os patrões entendam que é fundamental o aumento real”.

Ele completa que o resultado da Campanha Salarial dos metalúrgicos faz grande diferença na economia. “Os trabalhadores são os grandes responsáveis pela produção e pelo lucro das empresas. Portanto, nada mais justo que sejam reconhecidos por isso. Com aumento real no bolso dos metalúrgicos, mais facilidade eles têm para consumir, para investir e isso gera uma reação em cadeia, que movimenta a economia e gera emprego e renda em outros setores”.

O secretário-geral da FEM-CUT/SP, Max Pinho, reafirma o compromisso da entidade em buscar melhorias para a categoria. “Nossa direção está empenhada nas negociações para garantir bons resultados. E contamos, para isso, com o trabalho intenso dos sindicatos filiados, que estão nas portas das fábricas mobilizando os trabalhadores. Temos certeza que com essa união, teremos uma Campanha Salarial vitoriosa”, destaca o sindicalista.  

Sobre o INPC

De acordo com IBGE, o INPC teve alta de 0,25% em junho, ficando abaixo do número registrado em maio (0,46%). O resultado vem da desaceleração dos produtos alimentícios, que passaram de 0,64% em maio para 0,44% em junho. Já os produtos não alimentícios desaceleraram, ficando em 0,19%em junho, abaixo dos 0,40% no mês anterior.

Quando avaliados os índices regionais, apresenta-se a seguinte configuração: Belo Horizonte e Brasília tiveram a maior variação (0,58%), ocasionada pela energia elétrica residencial (alta de 5,98%), na primeira, e pela taxa de água e esgoto (alta de 9,20%), na segunda. Já a menor variação foi observada em Porto Alegre (-0,16%), por conta do gás de botijão (-5,02%).