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Metalúrgicos do ABC ampliam diálogo com Anfavea e governo federal

Com presidente Lula, sindicalistas participaram da inauguração da nova sede da Anfavea na capital paulista

Publicado: 17 Abril, 2024 - 17h06 | Última modificação: 17 Abril, 2024 - 17h14

Escrito por: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

Ricardo Stuckert / PR
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Junto ao presidente Lula, os Metalúrgicos do ABC (SP) participaram na última sexta-feira, dia 12, da inauguração da nova sede da Anfavea (Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores) na capital paulista, que anunciou um ciclo de investimentos de R$ 125 bilhões ao setor. Lula atribuiu a boa notícia à restaurada confiança das montadoras no país.

“A indústria passou a ter confiança e acreditar no Brasil, a ter segurança jurídica, estabilidade econômica e social porque é tudo o que interessa para quem quer investir, para quem quer trabalhar. Tenho certeza que você vai ter uma convivência com o Moisés da mais alta performance porque ele é sincero, é honesto, e vai dizer sim quando precisar dizer sim, vai dizer não quando precisar dizer não, com a mesma fineza, e você tem que agir com ele da mesma forma”, disse Lula ao presidente da Anfavea, Mário de Lima Leite, ao se referir a Moisés Selerges, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Lula citou ainda a capacidade de negociação dos trabalhadores da categoria metalúrgica. “A forma de organização deles é a melhor do mundo. Na base dos Metalúrgicos do ABC, o trabalhador só pode ser diretor do Sindicato se for eleito no chão da fábrica. Se ele não passar pela fábrica, ele não será eleito a nada”.

Futuro

Já em sua fala, Moisés afirmou que a Anfavea sempre foi protagonista e, agora, o Sindicato quer chamar atenção da Associação para o futuro. “Precisamos criar demandas, encher as fábricas e preencher a capacidade instalada aqui no país. E, para isso, é necessário crédito e um mix compatível com o nosso mercado interno. Precisamos subir progressivamente o nível de produção atual para cinco milhões de unidades, levar o Brasil da oitava para a sexta posição no ranking de fabricante de veículos”.

“O Mover, por exemplo, é um programa necessário, mas não é suficiente, pode e deve ser mais ousado para ir além da pesquisa, desenvolvimento e considerar também metas de produção, vendas internas e exportações”, disse Moisés. “A relação com os trabalhadores, com o movimento sindical é importantíssima e fundamental. A negociação coletiva e o diálogo têm que ser permanentes”.

Articulação

O diretor Administrativo dos Metalúrgicos do ABC, Wellington Messias Damasceno, lembrou que grande parte desse investimento decorre de negociação entre sindicatos e montadoras. “O Sindicato vem fazendo um trabalho muito forte junto ao governo federal para novamente voltar às políticas industriais que gerem desenvolvimento, produção e emprego. É importante que o Brasil retome o protagonismo, inclusive na atração de investimentos para que possamos melhorar a condição de vida e renda dos trabalhadores e trabalhadoras”.

O presidente da Industriall-Brasil, Aroaldo Oliveira da Silva, reforçou a importância do governo federal nesta discussão porque o setor automotivo tem cadeias muito grandes de produção. “Não é só o emprego direto na montadora, nas autopeças, mas em outros setores da economia. O anúncio dos investimentos aponta que o Brasil tem de volta uma política industrial não só olhando para esse segmento, mas para toda a indústria de forma geral”.